24/02/2023 às 18h06min - Atualizada em 27/02/2023 às 00h05min

Especialista destaca acesso à informação e aos métodos preventivos para reduzir gravidez na adolescência

Taxa de nascimentos de crianças de mães entre 15 e 19 anos no Brasil é 50% maior do que a média mundial

SALA DA NOTÍCIA Fernanda Fernandes da Cruz
Unidade Santana da Rede São Camilo - ACS Hospital São Camilo

Estudos nacionais e internacionais têm mostrado os impactos negativos significativos da gravidez precoce na adolescência, com consequências no futuro profissional das jovens mães, no aumento da pobreza e de desigualdades sociais. No mundo, a gravidez em adolescentes é considerada de risco e como um problema  de saúde pública, principalmente em relação à mortalidade materna.

No Brasil, segundo informações do Sistema de Informações de Nascidos Vivos, do governo federal, a taxa de nascimentos de crianças de mães entre 15 e 19 anos é 50% maior do que a média mundial — a taxa global é estimada em 46 nascimentos por cada uma mil meninas, enquanto no Brasil estão estimadas 68,4 gestações.

A situação ainda é mais preocupante quando é analisado o recorte de crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. Em 2020, foram registradas 17,5 mil mães nesta idade. Na última década, a Região Nordeste foi a que mais teve casos de gravidez com este perfil: foram 61,2 mil, seguido pelo Sudeste, com 42,8 mil.

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), filhos de mães adolescentes têm maior probabilidade de apresentar baixo peso ao nascer e maior probabilidade de morte do que os filhos de mães com 20 anos ou mais. Durante o primeiro ano de vida, filhos nascidos de mães adolescentes apresentam uma taxa de mortalidade infantil duas a três vezes maior que a de mães adultas e um aumento de seis vezes na incidência de síndrome de morte súbita.

“A prevenção da gravidez na adolescência é fundamental para reduzir o problema e garantir a saúde e o bem-estar das jovens e de seus filhos. É uma oportunidade de conscientizar sobre a importância de planejar o futuro e de se proteger contra doenças”, comenta o médico ginecologista, Anderson Nascimento, da Rede de Hospitais São Camilo.

A Rede São Camilo reúne profissionais e recursos tecnológicos para o atendimento à saúde da mulher com uma visão integral de suas necessidades. A saúde feminina é trabalhada na prevenção e tratamento de doenças com o foco da atenção nas vulnerabilidades e características clínicas e comportamentais em diferentes fases da vida, como na adolescência, na maternidade e na menopausa.

No Centro de Atendimento à Saúde da Mulher são realizados os principais exames diagnósticos para rotina e acompanhamento, como Papanicolaou, Colposcopia, Ultrassonografia, Mamografia e Densitometria Óssea.

 

Sobre a Rede de Hospitais São Camilo

Especializada na assistência em saúde baseada em valor, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo conta com 5 unidades, que prestam atendimentos em mais de 60 especialidades, cirurgias de alta complexidade e transplantes de medula óssea. São 3 unidades de hospital geral, 1 especializada em oncologia e 1 em reabilitação e cuidados paliativos. A Rede conta também com um Núcleo de Pesquisa Clínica que é referência no país, sendo considerado Top Recruitment - o maior recrutador de pacientes com mais de 40 estudos patrocinados na área de Oncologia.

Os hospitais privados da Rede subsidiam as atividades de cerca de 40 unidades administradas pela São Camilo e que atendem pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) em 15 Estados brasileiros. No Brasil, desde 1922, a Sociedade Beneficente São Camilo, que pertence à Ordem dos Ministros dos Enfermos, foi fundada por Camilo de Lellis e conta, ainda, com 25 centros de educação, dois colégios e dois centros universitários.


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