20/11/2019 às 12h22min - Atualizada em 20/11/2019 às 20h39min

Governo quer reverter veto do EUA à importação de carne bovina brasileira

Carne bovina in natura do Brasil está barrada nos EUA há mais de dois anos, em razão da detecção de carregamentos do produto com abscessos (inflamações). Empresário do setor, Carlos Cesar Floriano, defende qualidade na nacional de produção.

DINO
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O relatório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) disponibilizado ao governo brasileiro na última quinta-feira (31), pedindo mais informações sobre a carne bovina brasileira, frustrou representantes do governo que não esperavam a manutenção do veto ao produto. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, demonstrou decepção com a negativa dos Estados Unidos e afirmou que vai avaliar a necessidade de pedir uma reunião para tratar do assunto com o secretário de Agricultura americano, Sonny Perdue, em viagem que fará aos EUA no dia 17.

A carne bovina in natura do Brasil está barrada nos EUA há mais de dois anos, em razão da detecção de carregamentos do produto com abscessos (inflamações).

O CEO do Grupo VMX, Carlos Cesar Floriano, afirma que os processos produtivos nacionais seguem normas rígidas de segurança alimentar e bem-estar animal. “Esse veto não se justifica em razão da qualidade do produto brasileiro. Acredito que a alta competitividade brasileira pode influenciar nesse processo”, avalia.

Apoio ao Governo

A Associação dos Criadores de Gado de Mato Grosso (Acrimat) manifestou apoio a decisão do governo de continuar as negociações com os Estados Unidos.

Segundo comunicado da Acrimat, as exportações de carne bovina in natura totalizaram 160,1 mil toneladas em outubro, atingindo o recorde mensal anterior, de 150,7 mil toneladas registrado em setembro de 2018, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

“Dados como este e ações como a promovida recentemente no Egito pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e parceiros mostram a excelência do produto brasileiro, que nos permitem atender aos padrões de cerca de 160 países com os mais diferentes níveis de exigências”, conclui a associação.

PIB do Agronegócio cresceu 0,53% no 1º semestre de 2019

O País começa a dar sinais que está saindo de um processo recesso com as notícias da movimentação econômica do primeiro semestre. O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro, calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e com a Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq), apresentou redução de 0,8% em junho. Ainda assim, no acumulado do ano (de janeiro a junho), o resultado se manteve positivo, com alta de 0,53%.

Para Carlos Cesar Floriano o cenário é otimista. “Acreditamos que o agronegócio tem muito a crescer. O cenário de novos investimentos começa a ser promissor”, avalia.

Em junho, a retração no PIB do agronegócio refletiu as quedas para os segmentos primário (-0,55%), agroindustrial (-0,86%) e de agrosserviços (-1,03%). Já o segmento de insumos, seguindo a tendência observada desde o início do ano, manteve crescimento em junho, de 0,23%. No acumulado do primeiro semestre, insumos (7,26%), agroindústria (1,26%) e agrosserviços (0,65%) cresceram, mas o segmento primário recuou (-2,04%). “Pretendemos manter os investimentos do grupo em andamento visando uma retomada da economia”, acrescenta.

Com relação ao ramo pecuário, houve redução de 0,93% em junho. No mês, houve alta para o segmento primário (0,83%), mas reduções para os demais segmentos, de 0,80% para insumos, de 1,83% para a agroindústria e de 1,72% para os agrosserviços. Já no acumulado de janeiro a junho, o ramo pecuário registrou alta importante de 4,65%, com crescimento para todos os segmentos e destaque para o primário (10%). Para insumos, agroindústria e agrosserviços, as elevações no período foram de 3,32%, 1,99% e 2,66%, respectivamente.

No caso do segmento primário da pecuária, preços altos vêm sendo alcançados em 2019, com elevações importantes principalmente para frango, suínos e leite. Esse cenário, aliado a um aumento também da produção, explica o crescimento do PIB, mesmo diante de aumento dos custos de produção.



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