Uma fraude financeira envolvendo gigantes asiáticas está, novamente, exposta ao Brasil por meio de um vídeo que circula na internet. O vídeo, de autoria da equipe do ex-banqueiro e ex-presidente do Banco Santos, que teve falência decretada em 2005, Edemar Cid Ferreira, denuncia o incidente criminoso que ocorreu em um período de grande evolução do Banco Santos.
Dentre as denúncias, o nome do interventor da massa falida, nomeado pelo Banco Central, está no cerne da acusação de fraude ao Banco Santos e ao sistema financeiro do Brasil, juntamente com o Grupo Caoa, reconhecida empresa automobilística que representa as marcas Hyundai e Chery, no Brasil. Escancarando o escândalo bilionário, o vídeo tem o objetivo de tornar público uma dívida, de 85% do valor devido, que se estende há quase 20 anos sem resolução, o que consiste no pagamento do valor de R$2,6 bilhões ao ex-banqueiro, além de aplicações legais ao Grupo Caoa e Vânio Pickler Aguiar, interventor nomeado à época.
A falência do Banco Santos
Em 2004, o Banco Santos era um dos 30 maiores bancos do sólido sistema financeiro do Brasil. Era reconhecido por sua agilidade, modernidade, inovação e rigor na governança corporativa. Uma equipe do Banco Central do Brasil, sob a chefia de Vânio Pickler Aguiar, até então, funcionário do baixo escalão, realizou no Banco Santos mais uma das eventuais inspeções.
A partir dessa visita, o vazamento de informações sigilosas e mentiras divulgadas deram início ao movimento de desestabilização do Banco Santos. Em poucas semanas, para surpresa do mercado, o Banco Central promoveu sua intervenção, sendo Vânio de Aguiar a pessoa instituída como interventor. De acordo com a equipe de Edemar Cid Ferreira, a nomeação de Vânio de Aguiar, a mesma pessoa que realizou a sabotagem, foi uma surpresa para todos.
Com a falência, Vânio passou a fazer ações danosas e acordos inexplicáveis com devedores. Grandes empresas, sem sequer apresentarem problemas financeiros, pagaram percentuais muito aquém das dívidas vultuosas que possuíam junto ao banco, entre elas o Grupo Caoa.
Grupo Caoa - Hyundai e Chery no Brasil
O Grupo Caoa, representante das gigantes montadoras asiáticas Hyundai e Chery no Brasil, engendrou uma fraude contra o Banco Santos e ao sistema financeiro do Brasil, de modo geral. Neste cenário, uma dívida do Grupo Caoa, no valor de R$3 bilhões, junto ao banco, foi repactuada por apenas R$440 milhões, ou seja, 15% do valor devido. Essa trama fez desaparecer R$2,6 bilhões, 85% da dívida que, até hoje, não foi paga. A dúvida que se estabelece desde a falência do Banco Santos está, justamente, em saber se houve uma contrapartida do Grupo Caoa, e se as matrizes das montadoras sabiam dessa fraude. As respostas, em breve aparecerão, de acordo com a equipe do ex-banqueiro, pois todos os esforços estão sendo realizados, com provas e dados ao longo dos anos para comprovar a fraude financeira ao Banco Santos, que ocorreu em 2005. No vídeo fica clara a intenção de Edemar Cid Ferreira, em tornar pública a fraude para que os Governos da China e da Coreia do Sul saibam desse crime. Pois, de acordo com o vídeo, os fortes laços do Brasil com esses países exigem um esclarecimento do que foi feito dentro do sistema financeiro brasileiro.
Sobre Edemar Cid Ferreira e o Banco Santos
Edemar Cid Ferreira começou sua atuação profissional em instituições financeiras em 1963, no Banco do Brasil. Na época, além da atuação, era também colunista do jornal O Estado de São Paulo. Em 1968 comprou, em um leilão, o título patrimonial da Bolsa de Valores de Santos, que lhe permitiu adquirir, no ano seguinte, uma carta patente para operar a Santos Corretora de Câmbio e Valores – empresa que chegou a ser uma das maiores operadoras de câmbio de café do país. A empresa foi transformada no Banco Santos, que em 1989 recebeu a carta patente do Banco Múltiplo. O crescimento foi rápido e o Banco Santos logo se tornou um dos maiores do Brasil. Entre 1994 e 2004, passou da 125ª para a 7ª posição no ranking dos maiores bancos privados brasileiros. Desde a falência do Banco Santos, Edemar tem trabalhado com sua equipe para comprovar todas as fraudes que foram realizadas na época, com o objetivo de tornar público todo o esquema que foi montado para prejudicar o sistema financeiro brasileiro.