13/02/2023 às 15h11min - Atualizada em 14/02/2023 às 00h13min

Ex-banqueiro expõe denúncia contra Vânio Aguiar e Grupo Caoa na falência do Banco Santos

O vídeo denuncia o administrador judicial da massa falida e a empresa automobilística sobre fraude financeira, com dívida bilionária, que fomentou crise e falência do banco há quase 20 anos.

SALA DA NOTÍCIA Cibele Monteiro Ferreira Lima
Uma fraude financeira envolvendo gigantes asiáticas está, novamente, exposta ao Brasil por meio de um vídeo que circula na internet. O vídeo, de autoria da equipe do ex-banqueiro e ex-presidente do Banco Santos, que teve falência decretada em 2005, Edemar Cid Ferreira, denuncia o incidente criminoso que ocorreu em um período de grande evolução do Banco Santos.

Dentre as denúncias, o nome do interventor da massa falida, nomeado pelo Banco Central, está no cerne da acusação de fraude ao Banco Santos e ao sistema financeiro do Brasil, juntamente com o Grupo Caoa, reconhecida empresa automobilística que representa as marcas Hyundai e Chery, no Brasil. Escancarando o escândalo bilionário, o vídeo tem o objetivo de tornar público uma dívida, de 85% do valor devido, que se estende há quase 20 anos sem resolução, o que consiste no pagamento do valor de R$2,6 bilhões ao ex-banqueiro, além de aplicações legais ao Grupo Caoa e Vânio Pickler Aguiar, interventor nomeado à época.


A falência do Banco Santos

Em 2004, o Banco Santos era um dos 30 maiores bancos do sólido sistema financeiro do Brasil. Era reconhecido por sua agilidade, modernidade, inovação e rigor na governança corporativa. Uma equipe do Banco Central do Brasil, sob a chefia de Vânio Pickler Aguiar, até então, funcionário do baixo escalão, realizou no Banco Santos mais uma das eventuais inspeções.

A partir dessa visita, o vazamento de informações sigilosas e mentiras divulgadas deram início ao movimento de desestabilização do Banco Santos. Em poucas semanas, para surpresa do mercado, o Banco Central promoveu sua intervenção, sendo Vânio de Aguiar a pessoa instituída como interventor. De acordo com a equipe de Edemar Cid Ferreira, a nomeação de Vânio de Aguiar, a mesma pessoa que realizou a sabotagem, foi uma surpresa para todos.

Com a falência, Vânio passou a fazer ações danosas e acordos inexplicáveis com devedores. Grandes empresas, sem sequer apresentarem problemas financeiros, pagaram percentuais muito aquém das dívidas vultuosas que possuíam junto ao banco, entre elas o Grupo Caoa.

Grupo Caoa - Hyundai e Chery no Brasil

O Grupo Caoa, representante das gigantes montadoras asiáticas Hyundai e Chery no Brasil, engendrou uma fraude contra o Banco Santos e ao sistema financeiro do Brasil, de modo geral. Neste cenário, uma dívida do Grupo Caoa, no valor de R$3 bilhões, junto ao banco, foi repactuada por apenas R$440 milhões, ou seja, 15% do valor devido. Essa trama fez desaparecer R$2,6 bilhões, 85% da dívida que, até hoje, não foi paga. A dúvida que se estabelece desde a falência do Banco Santos está, justamente, em saber se houve uma contrapartida do Grupo Caoa, e se as matrizes das montadoras sabiam dessa fraude. As respostas, em breve aparecerão, de acordo com a equipe do ex-banqueiro, pois todos os esforços estão sendo realizados, com provas e dados ao longo dos anos para comprovar a fraude financeira ao Banco Santos, que ocorreu em 2005. No vídeo fica clara a intenção de Edemar Cid Ferreira, em tornar pública a fraude para que os Governos da China e da Coreia do Sul saibam desse crime. Pois, de acordo com o vídeo, os fortes laços do Brasil com esses países exigem um esclarecimento do que foi feito dentro do sistema financeiro brasileiro.

Sobre Edemar Cid Ferreira e o Banco Santos

Edemar Cid Ferreira começou sua atuação profissional em instituições financeiras em 1963, no Banco do Brasil. Na época, além da atuação, era também colunista do jornal O Estado de São Paulo. Em 1968 comprou, em um leilão, o título patrimonial da Bolsa de Valores de Santos, que lhe permitiu adquirir, no ano seguinte, uma carta patente para operar a Santos Corretora de Câmbio e Valores – empresa que chegou a ser uma das maiores operadoras de câmbio de café do país. A empresa foi transformada no Banco Santos, que em 1989 recebeu a carta patente do Banco Múltiplo. O crescimento foi rápido e o Banco Santos logo se tornou um dos maiores do Brasil. Entre 1994 e 2004, passou da 125ª para a 7ª posição no ranking dos maiores bancos privados brasileiros. Desde a falência do Banco Santos, Edemar tem trabalhado com sua equipe para comprovar todas as fraudes que foram realizadas na época, com o objetivo de tornar público todo o esquema que foi montado para prejudicar o sistema financeiro brasileiro.


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