O advogado Frederick Wassef, que atende o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros membros da família, não é encontrado pela Justiça do Distrito Federal para responder a um processo que o acusa de injúria racial.
Um juiz do Tribunal de Justiça do Distrito Federal determinou que o nome de Wassef seja buscado no Google "para verificar a existência de alguma notícia relacionada ao réu e que possa indicar seu paradeiro", frente À dificuldade de encontrá-lo para a intimação.
O juiz também pediu que o nome do advogado seja buscado no Sistema Penitenciário do Distrito Federal e no Infoseg, que reúne informações de prisão a nível nacional, para verificar se ele foi preso.
Wassef teria se recusado a ser atendido por mulher negra
Em visita a uma pizzaria no Distrito Federal em outubro de 2020, Wassef teria se recusado a ser atendido pela garçonete Danielle da Cruz de Oliveira.
"Você é negra. Tem cara de sonsa e não vai saber anotar meu pedido", teria dito o advogado à atendente; outras ofensas racistas teriam sido ditas em seguida.
A denúncia contra Wassef foi aceita pela Justiça em 17 de fevereiro de 2022. No meio tempo, o advogado concorreu ao cargo de deputado federal de São Paulo pelo PL, mas não foi eleito.
À época da denúncia, Wassef negou que tenha ofendido a atendente.
Não havia funcionárias negras na pizzaria. Nunca proferi ataque racial contra ninguém. Se fosse verdade o que ela afirmou, teriam me prendido em flagrante e filmado com celulares. É mentira que funcionários teriam testemunhado algo. Ela estava sozinha no caixa.