ReproduçãoO Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (WFP) pede mais acesso aos territórios sírios afetados pelo terremoto mortal para reabastecer os suprimentos de ajuda que foram esgotados, com o diretor-executivo da organização classificando a situação no noroeste do país de “catástrofe”.
“Os estoques que temos estão se esgotando rapidamente, especialmente as rações prontas para consumo, e precisam ser reabastecidos rapidamente. Para fazer isso, precisamos de acesso”, disse David Beasley.
No passado, a ajuda foi trazida para o noroeste da Síria através da Turquia a partir da passagem de Bab al-Hawa – o único ponto de entrada autorizado pelo Conselho de Segurança da ONU.
Uma resolução propondo mais aberturas de fronteira entre a Turquia e a Síria foi vetada pela Rússia e pela China.
O outro caminho foi através de “linhas cruzadas”, a ajuda vinda do território do governo sírio para o noroeste controlado pelos rebeldes.
“A única travessia autorizada pelo Conselho de Segurança foi reaberta, mas os danos nas estradas e a lentidão no desembaraço alfandegário estão dificultando significativamente o movimento”, disse Beasley.
“Precisamos retomar e aumentar as operações cruzadas de dentro da Síria. Este não é o momento para ninguém politizar a ajuda.”
O WFP tem como objetivo fornecer refeições prontas para 100.000 pessoas no noroeste da Síria e ter rações regulares para 1,4 milhão de pessoas com parceiros prontos para distribuição.
Mas a organização ainda precisa de US$ 700 milhões para alimentar quase 6 milhões de pessoas na Síria.
“O noroeste da Síria é catástrofe em cima de catástrofe”, disse Beasley.
“Agora, no meio do inverno, muitos estão deslocados novamente, dormindo em tendas e qualquer abrigo que possam encontrar com serviços muito limitados.”
