ReproduçãoA Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu nesta segunda-feira (30) que a Covid-19 continua sendo uma emergência de saúde pública de interesse internacional.
Na avaliação do infectologista Marcelo Otsuka, a posição da OMS é acertada por uma série de fatores.
“A gente tem que pensar que nem todos os países têm condição de combate adequado à doença, ou mesmo acesso a medicamentos, o próprio Brasil não tem, por exemplo”, explicou.
Segundo Otsuka, “mais de 100 pessoas morrem de Covid por dia, não dá para pensar que acabou, temos que tomar cuidados e ter atenção em relação à doença.”
Ele admite que a situação, com a vacina, “melhorou muito”, mas há países que sequer têm acesso a ela.
Ao mesmo tempo, o infectologista acredita que a vacina bivalente é uma arma importante contra a Covid-19.
Ele lembra que a proposta mundial é de que ela seja usada como dose de reforço.
“Como a gripe, o vírus sofre mutação sempre, e a proteção não é duradoura, mesmo a da infecção natural, há pessoas que pegaram mais de 5 vezes.”
Dessa forma, “a atualização vacinal é fundamental sempre, para acompanhar as mutações.”
Para o especialista, o Ministério da Saúde “bobeou” em não ter adquirido as doses bivalentes já no ano passado.
“Temos poucas doses e isso faz com que selecione quem vai tomar, quando o ideal é que todo mundo tomasse.”
A campanha de vacinação bivalente terá início em fevereiro, no dia 27.
De acordo com o Ministério da Saúde, a primeira fase será destinada a pessoas acima de 70 anos, imunocomprometidas e também indígenas.
