25/01/2023 às 12h28min - Atualizada em 26/01/2023 às 00h00min

Possibilidades de manejo reduzem impactos com anomalias e quebramento de plantas

Orientações técnicas foram apresentadas para cerca de 700 pessoas em Dia de Campo realizado em Sorriso (MT)

SALA DA NOTÍCIA ANA PAOLA CARLINI
www.proteplan.com.br
João Pedro Coelho

Alta tecnologia aplicada, produtos inovadores, últimas pesquisas, problemas regionais nas lavouras, além de novos conhecimentos e técnicas de manejo foram apresentados para mais de 700 pessoas em um Dia de Campo, realizado no última sexta-feira (21) em Sorriso (distante a 396 km de Cuiabá). Nas últimas safras a região tem sofrido com anomalias em vagens e quebramento de plantas, e, no evento foram apresentadas algumas pesquisas que indicam possibilidades de manejo que reduzem estes problemas ou diminuem o impacto das perdas.  

Segundo o pesquisador Geraldo Chavarria, professor da Universidade de Passo Fundo (UPF), e especialista em Fitossanidade, estudos ainda não conclusivos buscam associar a anomalia em plantas a patologias ou apenas a uma deformidade causada por conta de clima, solo ou outro fator externo. Pesquisas e testes mais recentes mostram que o trabalho nutricional e semeaduras mais antecipadas, minimizam os impactos e a incidência das anomalias.   

“Como o processo é muito recente e temos um dinamismo muito grande de cultivares e ocorrências, estamos estudando algumas ações para avançar nessa percepção. Mas hoje, dentro do meu contexto e da nossa experiência dos últimos dois anos, é que temos um sistema produtivo que tem aumentado seu potencial produtivo, trabalhando com nível nutricional que temos que melhorar bastante, e fazendo semeaduras cada vez mais antecipadas”, explicou o pesquisador. 

Durante a primeira etapa do Open Sky Soja, realizado pela Proteplan, empresa mato-grossense de pesquisa agrícola, foi pontuado que já se sabe que as condições climáticas (basicamente tropical), com forte calor, sol intenso e chuvas fortes em períodos longos impactam diretamente no surgimento de anomalias em plantas na região que margeia a BR-163.   

Mato Grosso tem acesso a pesquisas e tecnologias de ponta para combater e evitar disseminação de algumas doenças, ou anomalias em vagem e quebramento de plantas, tanto que há estudos que mostram que o tratamento em fase inicial e com aplicações adequadas tem surtido efeitos positivos e melhores resultados contra estes problemas. 

Fabiano Siqueri, pesquisador da Proteplan, explica que as pesquisas e o dia no campo em Sorriso foram voltados às características e particularidades da BR-163, principalmente os problemas que são apontados como desafios nos últimos anos, como as anomalias, quebramento e controle de manchas no cultivo de soja. 

“Em alguns aspectos, vimos que nessa safra a ocorrência foi muito menor para os dois problemas de maneira geral. Uma coisa que vemos com clareza é que áreas onde o produtor trabalha com um perfil de solo, com detalhamento maior, com cuidado do ponto de vista químico, físico e biológico, plantas de cobertura, toda essa lógica de estabilidade produtiva faz com que esses problemas de quebramento e anomalias sejam menores, então esse é o recado mais importante nesse contexto”, disse.   

Em um dos painéis apresentados no evento a pesquisadora da Proteplan, Alana Tomen, explicou que no banco de dados com alguns resultados com repetibilidade, é possível assumir algumas medidas e adotar estratégias que resultarão em uma safra mais produtiva, com menores prejuízos e mais qualidade de grãos.  

“Estamos na quarta safra e vivenciado os problemas das anomalias, mas é o primeiro ano em que conseguimos direcionar nossos projetos, especialmente em busca de uma solução ou redução dos efeitos dessas anomalias. Nesse ano conseguiremos sim respostas mais consistentes e resultados que nos ajudarão e muito na recomendação de variedades e fungicidas para as próximas safras”, concluiu.  

 

Evento – Participantes do evento enalteceram a riqueza de conteúdos compartilhados e importância desta iniciativa para o agro mato-grossense. 

“Ver experimentos ao vivo, com diversidades de plantas, de manejos e diferentes aplicações e produtos foram as ações mais interessantes mostradas aqui no evento”, falou João Fernando Nadaf Peixoto que é engenheiro agrônomo e participa pelo segundo ano do Open Sky Soja.  

De acordo com Fabiano Siqueri, pesquisador da Proteplan, a classe produtora buscou no evento orientações para minimizar os fatores restritivos de produção e saber as novidades tecnológicas para o campo. “Tivemos retorno dos participantes com opiniões positivas e que contemplou o que eles esperavam encontrar. Esse era nosso objetivo, contribuir para que o produtor pudesse tomar a melhor decisão baseado na ciência e na pesquisa”, destacou.  

“É muita satisfação participar deste evento, a expectativa era enorme e aqui a gente consegue observar muitos resultados importantes, principalmente quanto às anomalias das vagens”, falou a engenheira agrônoma Luciana Sonia da Silva.  

 

Próximos eventos - A segunda etapa do Open Sky Soja será em Campo Novo do Parecis no dia 27 de janeiro e a terceira em Campo Verde, no dia 03 de fevereiro. Em todos haverá estações sobre fitopatologia, entomologia e herbologia. As inscrições para quem quiser participar do evento estão abertas e podem ser feitas gratuitamente no site da empresa realizadora: proteplan.com.br 

De acordo com Ivan Pedro, pesquisador da Proteplan, alguns assuntos serão comuns nas três edições do Open Sky Soja 2023, mas em todos eles terão temas diferentes também, de acordo com a necessidade de cada região. 

“É um dia de campo multidisciplinar, este é o nosso quarto evento em Sorriso e é um evento que vem se consolidando. Aqui mostramos para a classe produtora uma vitrine de cultivares com 130 materiais em diferentes situações de manejo”, relata o pesquisador.   


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