Reprodução/ Redes SociaisA semana marca a estreia dos dois maiores destaques da última janela de transferências no mercado brasileiro e global. Luis Suárez defende as cores do Grêmio pela primeira vez na noite desta terça-feira (17).
A contratação do atacante uruguaio pelo tricolor gaúcho é considerada a maior do futebol nacional na última década. E já chega podendo garantir título no jogo de estreia.
A partida é o jogo único da decisão da Recopa Gaúcha, que coloca frente a frente os vencedores do Campeonato Gaúcho e a da Supercopa Gaúcha do ano anterior.
Para especialistas em gestão de marketing esportivo, a parceria entre o clube gaúcho e o ex-Barcelona tem potencial para alavancar não só as partes envolvidas no negócio, mas todo o futebol nacional.
“Talvez um case semelhante ao que vimos com Ronaldo Fenômeno e o Corinthians, clube que também vinha de um rebaixamento à Série B.
No caso de Suárez no Grêmio, ele deve ser o protagonista de um time que retorna e deve brigar na parte de cima da tabela.
Tem tudo para dar certo em questões de patrocínio, bilheteria, o reencontro com o torcedor. E já estamos observando um interesse da imprensa internacional. Jornalistas estrangeiros acompanhando o desempenho dele por aqui.
Ganha o campeonato e o futebol brasileiro”, diz Felipe Gomiero, da 100 Sportes, que há quase uma década trabalha com gestão de marketing.
No entanto, a passagem de Luis Suárez, jogador de seleção, pelo território e competições nacionais são apenas um passo numa longa caminhada que tenta aproximar o nível do futebol brasileiro ao do europeu, hoje a elite do mundo.
E era no futebol europeu que estavam os planos de Cristiano Ronaldo, cinco vezes ganhador do prêmio de melhor do mundo da FIFA, para seus últimos anos de carreira. Mas aos 37 anos de idade (ele completa 38 no dia 05 de fevereiro), ele vai jogar fora do continente pela primeira vez.
O craque português fará sua estreia no futebol árabe na próxima quinta-feira. E será justamente contra o PSG, de seu principal adversário na corrida pelo topo do mundo do esporte, o argentino Lionel Messi.
E esse encontro, que provavelmente será o último dos dois nos gramados, escancara ainda mais o abismo que começou a ser construído entre os dois nos últimos anos, e que culminou com o título da Argentina na Copa do Mundo do Catar.
A contratação de Cristiano Ronaldo pelo Al-Nasr foi a notícia mais repercutida na última janela de transferências.
Por um lado, o reforço pode ajudar a elevar o nível do futebol árabe. Mas por outro amplifica as críticas de que a Arábia Saudita, que pretende sediar a Copa do Mundo em 2030, esteja aderindo sportswashing, uma tentativa de aproveitar o prestígio de um atleta ou esporte para tirar o foco de questões políticas.
“Cristiano Ronaldo é movido a desafios. E talvez encontre no futebol árabe uma boa oportunidade para fazer números, quem sabe chegar aos mil gols e se aproximar de Pelé.
Deve ter levado isso em consideração. Mas, ele sempre se preocupou em contruir uma boa imagem como atleta.
E essa associação com um país com tantas questões na área de direitos humanos talvez pudesse ter sido evitada agora.
Talvez ele devesse ter considerado voltar para seu país sede, encerrar a carreira por lá e se consagrar como um grande ídolo nacional”, sugere Felipe Gomiero.
