30/12/2022 às 12h19min - Atualizada em 30/12/2022 às 12h19min

Em live, Bolsonaro não cita viagem aos EUA nem passagem de faixa

Presidente Jair Bolsonaro fez um balanço de sua gestão e exaltou medidas de governo na última live nas redes antes de deixar o cargo

AB Notícias News
Metrópoles
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Em sua última live do mandato, realizada nesta sexta-feira (30/12), o presidente Jair Bolsonaro (PL) não citou a viagem que fará aos Estados Unidos, onde passará por um “período sabático”, longe dos holofotes. A expectativa é de que o atual mandatário do país embarque rumo a Miami ainda na tarde desta sexta.
Durante a transmissão, Bolsonaro também não comentou a passagem da faixa presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assume seu terceiro mandato à frente da Presidência da República no próximo domingo (1º/1).
Bolsonaro, no entanto, disse que o governo de Lula já começa “capenga”, 
mas que não não deixará de fazer oposição à nova gestão. Ele ainda afirmou que o “mundo não vai acabar no dia 1º de janeiro”, dia em que tem início o governo Lula.

“O quadro que está na frente agora, a partir de 1º de janeiro, não é bom. Não é por isso que nós vamos jogar a toalha, deixar de fazer oposição, deixar de criticar, deixar de conversar com os seus vizinhos, agora com muito mais propriedade, com muito mais conhecimento”, disse Bolsonaro.

“Não vamos achar que o mundo vai acabar dia 1º de janeiro e vamos para o tudo ou nada. Não tem tudo ou nada. Inteligência. Vamos mostrar que somos diferentes do outro lado”, acrescentou.
 

Fora do poder

Nesta semana, Jair Bolsonaro definiu a equipe que vai acompanhá-lo assim que ele deixar o comando do Palácio do Planalto, a partir de 1º de janeiro de 2023. O Diário Oficial da União (DOU) trouxe o nome de oito auxiliares que irão assessorar Bolsonaro.

Pela primeira vez em 34 anos, o atual presidente não terá um cargo político. Para além dos benefícios do cargo que ocupou e da aposentadoria a que tem direito pela Câmara dos Deputados, ele deve assumir o posto de líder da direita para as próximas eleições. O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, acertou que o partido bancará as despesas de Bolsonaro a partir de 2023, que será convidado para ser presidente de honra da sigla.

Na condição de ex-presidente da República, Bolsonaro tem direito de nomear até oito assessores, que serão remunerados com salários que podem chegar a R$ 13,6 mil e terão despesas com passagens aéreas e diárias de viagens pagas pelo governo.
 

Veja abaixo quem deve acompanhar Bolsonaro a partir de 2023:

 

Com relação de longa data com Bolsonaro, o assessor Max Guilherme Machado de Moura seguirá com Bolsonaro após o fim do mandato do presidente. Neste ano, ele chegou a deixar o governo para disputar as eleições, mas acabou derrotado nas urnas.

Outro nome definido para acompanhar o presidente a partir do ano que vem é o do advogado João Henrique de Freitas, assessor-chefe da Presidência, que conta com a confiança de Bolsonaro. O coronel Marcelo Camara, tido como o comandante do “serviço paralelo” de investigação que o atual mandatário matinha no Planalto também foi nomeado para seguir com Bolsonaro a partir do próximo ano.
 

O capitão reformado do Exército Sérgio Rocha Cordeiro, que trabalhou no gabinete presidencial de Bolsonaro, também deve acompanhá-lo ao fim do mandato. Foi na casa do militar que o atual presidente passou a fazer suas tradicionais lives depois que foi proibido pela Justiça Eleitoral de usar a estrutura do Palácio do Alvorada para promover candidaturas de aliados.

As portarias ainda trazem os nomes de Ricardo Dias dos Santos, suboficial da Marinha; Estácio Leite da Silva Filho, segundo sargento do Exército; e Osmar Crivelatti e Jossando da Silva, ambos segundo tenentes do Exército.


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