Entre sexta-feira (9/12) e segunda-feira (12/12), apoiadores do presidente resolveram ocupar a residência de Bolsonaro. Eles esperavam uma sinalização do chefe do Executivo no sentido de uma eventual ordem para que militares intervissem no processo eleitoral.
Frustrados com a ausência de ação de Bolsonaro e pela prisão do líder indígena Cacique Tserere, na segunda-feira, bolsonaristas ocuparam as primeiras quadras da Asa Norte, região central de Brasília e praticara uma série de atos de vandalismo.
Nos dias seguintes, o Palácio da Alvorada e a Base Administrativa do Quartel-General do Exército, onde os manifestantes estavam concentrados, amanheceram esvaziados.
Na manhã desta quinta-feira o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que a Polícia Federal (PF) cumprisse 81 mandados de busca e apreensão contra bolsonaristas.
Resultado da apuração da Corte sobre os bloqueios de rodovias após a divulgação do resultado das Eleições de 2022, os mandados foram cumpridos no Distrito Federal (1) e nos seguintes estados: Acre (9), Amazonas (2), Mato Grosso (20), Mato Grosso do Sul (17), Paraná (16), em Rondônia (1) e Santa Catarina (15). Os alvos são pessoas físicas e empresas identificadas pelas forças federais e locais de Segurança Pública.
O ministro do STF determinou, ainda, a quebra de sigilo bancário e o bloqueio das contas de dezenas de empresários. Esta é a maior operação contra financiadores de atos antidemocráticos feitas desde o fim das eleições.