O general também falou sobre os pedidos de intervenção militar que manifestantes têm feito nas ruas desde que o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi derrotado pelo petista. De acordo com ele, as consequências de tal ato seriam “terríveis”.
“[A intervenção] é um movimento que não pode acontecer, porque as consequências para essa mesma população que está na rua protestando seriam terríveis”, afirmou.
Entretanto, para Mourão é injusto classificar os manifestantes que estão promovendo atos de maneira “ordeira e pacífica” de “golpistas”.
“As pessoas que estão nas ruas se manifestando de forma ordeira e pacífica, e muitas vezes sendo taxadas de golpistas e antidemocráticas, estão externando seu inconformismo com um processo eleitoral que teve os seus vícios”, sugeriu.
No começo de novembro, Mourão manifestou o mesmo pensamento, pelas redes sociais. Na publicação, ele defendeu o “sentimento de frustração” como motivação para os atos que aconteciam pelo país. “Mas o problema surgiu quando aceitamos passivamente a escandalosa manobra jurídica que, sob um argumento pífio e decorridos 5 anos, anulou os processos e consequentes condenações do Lula”, argumenta.
“Agora querem que as Forças Armadas deem um golpe e coloquem o País numa situação difícil perante a comunidade internacional”, prossegue, dizendo que “as manifestações ordeiras, em justa indignação, são bem-vindas”. “Vemos nelas famílias, idosos, crianças… todas pessoas de bem”, completou.