19/11/2022 às 11h42min - Atualizada em 19/11/2022 às 11h42min

Agendas de Bolsonaro caem mais de 60% com reclusão após derrota na eleição

Quase quatro semanas após ser derrotado nas urnas, o presidente Jair Bolsonaro segue tendo agenda limitada e se recuperando de uma infecção

AB Notícias News
Metrópoles
Hugo Barreto/Metrópoles
Vinte dias após ser derrotado nas urnas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) segue tendo uma agenda limitada. Recluso no Palácio da Alvorada, os compromissos oficiais do chefe do Executivo tiveram uma redução de 63%, segundo registros da agenda presidencial.
Candidato à reeleição em 2022, Bolsonaro viu 
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencer a disputa pela Presidência da República, em 30 de outubro. De lá para cá, o atual presidente teve apenas 27 compromissos como presidente. No mesmo período do ano anterior, a agenda oficial de Bolsonaro registrou 74 reuniões e eventos.

Se levado em conta o primeiro ano como presidente da República, a redução foi ainda maior. Entre 31 de outubro e 18 de novembro de 2019, Bolsonaro teve 101 compromissos. No ano seguinte, já com a pandemia de coronavírus, foram 66 agendas oficiais.

Nas últimas três semanas, Bolsonaro só foi ao Palácio do Planalto, prédio de onde o chefe do Executivo despacha diariamente, em duas ocasiões. A primeira delas foi em 31 de outubro, para se encontrar com o ministro da Economia, Paulo Guedes. A outra, em 3 de novembro, quando cumprimentou o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).
 

Nos outros dias, o atual presidente apenas recebeu familiares e aliados próximos, como ministros, parlamentares e assessores, no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência.

O fluxo de apoiadores no local, que costumava ser grande e diário, também foi reduzido nos últimos 20 dias. Desde que perdeu as eleições, Bolsonaro deixou de cumprimentar simpatizantes no “cercadinho” do Alvorada, como era hábito nos últimos anos.

Estado de saúde de Bolsonaro

Segundo o colunista do Metrópoles Igor Gadelha, Bolsonaro está com um ferimento na perna que estaria dificultando até mesmo ele vestir calças compridas, o que justifica seu isolamento na residência oficial.
 

Aliados dizem que Bolsonaro teria ferido a perna durante a campanha, mas não cuidou direito à época. O ferimento, então, teria infeccionado, o que fez com que ele tivesse de tomar antibióticos e sentido febre e indisposição.

O estado de saúde fez com que o presidente escalasse o seu vice, o general Hamilton Mourão (Republicanos), para receber as cartas credenciais de embaixadores estrangeiros na última quarta-feira (16/11). A agenda geralmente conta com a presença do presidente.

Na última quinta (17/11), o general Walter Braga Netto, que compôs a chapa de Bolsonaro como candidato a vice, disse que o presidente deve voltar a despachar do Palácio do Planalto em breve, mas não soube cravar uma data.
 


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