Quando o Senhor Jesus deu ordem aos Seus discípulos para que fossem por todo o mundo e pregassem o Evangelho a toda criatura, Ele também os alertou de todos os entraves que encontrariam para o cumprimento desta missão.
Mais de dois mil anos se passaram, e se a ordem de pregar, dada pelo Mestre, é a mesma, as dificuldades também se perpetuam até o dia de hoje.
Em países, como a China, que este ano tem ocupado a 27ª posição no ranking mundial de perseguição aos cristãos, o governo impede o evangelismo público e as igrejas devem ser supervisionadas por agências governamentais.
Recentemente, de acordo com a agência de notícias Asia News, foram retiradas de livros das escolas primárias no país palavras como “Deus”, “Bíblia” e “Cristo”. A censura ocorre também em outros níveis escolares, como nas universidades.
O intuito é esconder qualquer menção religiosa e com isso reduzir o número de pessoas que aderem, em particular, ao cristianismo.
Outra ação elaborada por autoridades, desta vez de Xangai, cidade chinesa da província de Hebei, foi a criação de uma espécie de “disque-denúncia” na qual os cidadãos devem denunciar quaisquer atividades religiosas que não estejam “de acordo com os regulamentos nacionais do Partido Comunista Chinês”.
A pressão sobre os cristãos na China tem sido intensificada, principalmente, após ter sido iniciada, em 2018, a revisão dos regulamentos sobre religião.
Mas o que estaria por trás de tanta resistência?
Quem ouve falar de perseguições como essas, imagina um número reduzido de cristãos no país. No entanto, mesmo em meio à intensa perseguição, a nação mais populosa do mundo vive um crescimento do cristianismo.
No período da Revolução Cultural, por exemplo, entre as décadas de 60 e 70, em que, para fugir da perseguição, as igrejas usavam instalações subterrâneas, ainda assim, de acordo com as estatísticas, houve um crescimento de 15% no número de cristãos.
Segundo estudiosos, todo o esforço contra a propagação do cristianismo é devido ao medo por parte do governo de que a China torne-se o maior país cristão do mundo.
O pesquisador e especialista em sociologia Fenggang Yang, autor da obra “Religião na China: Sobrevivência e Reavivamento Sob o Regime Comunista”, mostra que, até 2030 a China poderá ter 224 milhões de cristãos.
O pesquisador revela que, intencionalmente, subestimam o número de cristãos, porque este crescimento reflete de maneira negativa no governo de regime comunista.
De acordo com o Financial Times – jornal diário internacional de língua inglesa, com ênfase em economia e negócios – na China, atualmente, existem cerca de 100 milhões de cristãos.
A perseguição é inevitável, mas a propagação do Evangelho também. É preciso ter em mente que, ainda que toda missão encontre dificuldades para a sua execução, isso não significa que ela é impossível de ser realizada.
O Bispo Macedo em suas anotações de fé ressalta que “o Senhor Jesus deixou claro que quem está por trás das perseguições é o próprio diabo, cujo objetivo é fazer com que as pessoas desanimem e abandonem a fé”.
O Senhor Jesus deixou orientações claras de como deveríamos reagir diante das dificuldades ao levar a Sua Palavra. Essas instruções estão no Evangelho de Mateus, no capítulo 10 do versículo 11 até o 42.
Mesmo diante das dificuldades e dos perigos, o que Deus espera é que cumpramos a missão. Afinal, como as pessoas poderão invocar o nome do Senhor Jesus, se antes, não crerem? E como poderão crer se nunca ouviram falar dEle? (Romanos 10:14-15).
O apóstolo Paulo, é um exemplo de quem, apesar das inúmeras dificuldades, não considerou mais valiosa a sua própria vida, mas tinha por certo cumprir a ordem de pregar o Evangelho (Atos 20.24).
O Bispo explica “que Paulo não se importava com as renúncias que teria de fazer. Pelo contrário, ele mantinha continuamente o propósito de alcançar os perdidos por meio do Evangelho, nem que para isso precisasse deixar seus costumes para se ajustar à cultura dos locais por onde passava, mas sem corromper sua fé”.
Mais do que um pedido, levar o Evangelho a todas as pessoas é uma ordem Divina. Cumpra-a.
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