27/10/2022 às 15h24min - Atualizada em 31/10/2022 às 00h01min

Motivação dos colaboradores deve ser prioridade das empresas

Novas tendências do mercado de trabalho exigem de empregadores estratégias para engajar e manter força de trabalho entusiasmada

SALA DA NOTÍCIA Kasane Comunicação Corporativa
(divulgação)
No Brasil, um levantamento da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), publicado pela Folha de São Paulo, revelou que 2,9 milhões de trabalhadores brasileiros pediram para sair do emprego. Além disso, um estudo global da Gallup, repercutido pela BBC, mostrou que nos primeiros meses de 2022, apenas 31% dos trabalhadores nascidos a partir de 1989 se declararam engajados em suas atividades. Neste contexto, criar ferramentas para manter o entusiasmo dos colaboradores deve ser uma estratégia prioritária para as empresas.

No mundo do trabalho, o engajamento de um colaborador acontece quando ele se conecta ativamente com a atividade para a qual ele direciona seus esforços. Funcionários engajados têm melhor desempenho e contagiam a equipe. De acordo com o gerente de Recursos Humanos da provedora de internet Opyt, João Victor Lopes, promover esse comportamento de identificação com a cultura empresarial é algo que deve começar no momento da contratação.

O gerente avalia que o grande erro das empresas é focar apenas na competência técnica durante os processos seletivos. “A contratação precisa estar voltada a atrair pessoas que têm um potencial de se sentir bem em seu negócio”, propõe. Para isso, ele explica que todo o escopo de seleção de colaboradores deve ser pensado para analisar se o candidato possui competência comportamental para conviver com a equipe em que será alocado e se adaptar à cultura da empresa.

Além da contratação, João Victor Lopes sugere que o empregador invista em se posicionar no mercado como uma marca que oferece vagas de construção de carreira para atrair bons talentos e mantê-los entusiasmados com o negócio. “Para isso, é preciso entregar subsídios para que o colaborador tenha estrutura tanto de crescimento profissional quanto de desenvolvimento pessoal”, pontua.

Ações para evitar evasão
 
João Victor exemplifica que a provedora de internet Opyt – que emprega mais de 300 colaboradores no estado de Goiás – tem essa preocupação. Sob esta perspectiva, ele afirma que as ações de endomarketing da empresa estão voltadas para desenvolver ferramentas como a mediação de conflitos, pesquisas de clima e avaliação de desempenho. “Essas ações buscam melhorar o ambiente de trabalho, porque acreditamos que fomentar o desejo do funcionário de estar na empresa evita a evasão e faz o próprio negócio alavancar”, ressalta.

Para o gerente de Recursos Humanos, os dados da Firjan e da Gallup atestam o argumento de que, no cenário atual, não é mais a empresa quem escolhe o colaborador, mas o colaborador quem a escolhe. “Não é sobre segurar o colaborador, é sobre encantá-lo. E quando a gente encanta a pessoa, a pessoa escolhe, no fim das contas, ficar na empresa”, assegura. Desta forma, João Victor considera que a empresa que tem o bem-estar do colaborador como prioridade terá mais oportunidade de se manter no mercado do futuro.

Desenvolvimento Humano
 
Reter talentos neste mundo VUCA, sigla em inglês que significa em português volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade, cheio de constantes novidades no cenário tecnológico, no encontro entre gerações, nas crises políticas ao redor do mundo e nas mudanças das configurações sociais, nos desafia a pensar em como manejar as pessoas, no dia a dia de trabalho, para entrega de resultados sólidos.

Mais do que repensar o processo de contratação de novos colaboradores, focando nas habilidades do comportamento – softkills - a empresa necessita ter bem definida a estratégia de desenvolvimento humano. As habilidades e técnicas juntas possibilitam que qualquer negócio seja produtivo, de alta performance, rentável, equilibrado e harmonioso. “Temos um desafio muito grande com a nova geração, pois necessitam de constante estímulo para a produção, bem como para desenvolvimento do conhecimento”, é o que conta Lídia Guimarães, especialista em análise de negócios, da Ática Gestão, empresa que faz a reestruturação administrativa de empresas.

A retenção de talentos vai além do desenvolvimento técnico e do comportamento, as empresas precisam pensar no perfil de seus líderes e assim movimentarem um trabalho em equipe altamente motivado. “Quando falamos no posicionamento dos líderes, precisamos entender que estes são direcionadores do comportamento humano, e que necessitam ter cuidado para se comunicar bem, para guiar as pessoas na colaboração, respeito, confiança e principalmente ter habilidade de escuta ativa. Na Ática, nós nos preocupamos com o desenvolvimento de nossa equipe, mas nos deparamos com os constantes desafios de pensar sempre na estratégia de desenvolvimento, pois o nosso negócio é de participação constante nas discussões focadas em pessoas, financeiro e operação, e para isso é necessário preparo constante de nosso time”, explica.

O papel do líder é muito desafiador, porque a habilidade de trabalhar em equipe se torna a principal quando o encontro de gerações pode produzir conflitos e assim desencadear uma baixa produção ou solicitação de desligamento por parte dos membros. A todo tempo, o líder é o principal agente de transformação das pessoas e necessita ter capacidade para avaliação do cenário, entendendo bem os diversos comportamentos que permeiam estas pessoas. O mundo corporativo vem se dando conta de que o crescimento da empresa depende muito do capital humano, e investir em novos talentos sem esquecer os veteranos é uma forma de reter talentos com uma interação mais positiva para todos os envolvidos.

Um artigo publicado na Revista de Administração Contemporânea afirma que o principal interesse do colaborador, ao iniciar um contrato de trabalho com uma determinada empresa, não é gerar lucros para o empregador, é unicamente interessado em suprir suas necessidades pessoais. Se esse trabalho não for capaz de satisfazer seus desejos e demandas, deixa de existir uma relação de troca e, com isso, a tendência é que ele passe a se sentir explorado e abandone o posto de trabalho.

Assim, as iniciativas de treinamento e desenvolvimento são um diferencial para que a empresa consiga apresentar ao time as oportunidades de crescimento, sejam elas profissional ou pessoal. Promover workshops, reuniões de cumbuca, mentorias, além de investir em aulas e outros cursos que possam ser de interesse da equipe. “Lembre-se sempre de que essas iniciativas devem ser feitas focando nas habilidades que cada talento necessita desenvolver”, arremata Lídia.

Sobre a Ática Gestão
 
A Ática Gestão é uma consultoria de gestão especializada em reestruturação de empresas. Contamos com um time de especialistas em soluções de problemas complexos. Atuamos em diferentes contextos de negócio oferecendo soluções estratégicas para desafios de diferentes complexidades.

Sobre a Opyt
 
A Opyt é uma Provedora de Pequeno Porte (PPP), nascida em Inhumas, município localizado a pouco mais de 40 quilômetros da capital goiana, em 2006, ofertando banda larga via rádio. A partir de 2017, passando por um reposicionamento tecnológico, aderimos à fibra ótica e construímos quatro mil quilômetros de cabeamento conectando várias cidades de Goiás, nos últimos cinco anos.

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