26/10/2022 às 09h20min - Atualizada em 28/10/2022 às 00h03min

Iniciar cuidados paliativos precocemente contribui para a recuperação do paciente

O cuidado paliativo de início precoce é importante para o tratamento de diversas enfermidades, principalmente as doenças oncológicas.

SALA DA NOTÍCIA PAULA BATISTA
Pixabay
O mês de outubro é um período importante da conscientização sobre a prevenção do câncer de mama, mas, ao reforçarmos a mensagem da necessidade de estar com os exames em dia, contribuímos também para a descoberta precoce de uma série de doenças.
O Cuidado Paliativo está ao lado do diagnóstico e tratamento precoce com o objetivo de atender as pessoas em sua totalidade, buscando qualidade de vida mesmo quando a doença se manifesta de forma grave, com prevalência de sintomas desconfortáveis e para quando não esteja mais disponíveis tratamentos com objetivo de cura.
            Dr. Luiz Sergio Batista, coordenador da comissão de cuidados paliativos do Pilar Hospital, em Curitiba (PR), comenta que em casos de doenças graves, o início precoce de cuidados paliativos ajuda a promover melhora na qualidade de vida do paciente, diminuição de dores e outros sintomas que causam sofrimento, além de ser uma forma de identificação precoce de outras situações possíveis de serem tratadas e promover ajustes no enfrentamento da doença.

“Há muito desconhecimento quando se fala de cuidados paliativos, como se apenas pacientes próximos da morte, pudessem recebe-los, mas, ao contrário, essa é uma forma de avaliação cuidadosa e minuciosa da saúde integral do paciente, além de ser importante para o tratamento da dor e de outros sintomas físicos, sociais, psicológicos e até espirituais, e que podem ser causados não só pela doença como também pelo próprio tratamento”, explica.
            Conforme o especialista, é importante iniciar os cuidados paliativos o mais precoce, sempre que possível e adequar o plano de cuidado conforme for necessário. “Os cuidados paliativos também têm como objetivo final a melhora do paciente, assim, buscamos sempre manejar aqueles sintomas de difícil controle, além de buscar a melhora das condições clínicas do paciente para enfrentar melhor o tratamento e ajudar na manutenção da autonomia”, diz Dr. Batista.
“O planejamento do cuidado ajuda o paciente a tomar decisões quanto ao seu próprio tratamento, antecipa preferências e diminui angustia e sofrimento psicossocial durante todo o tratamento”. Segundo ele, a proporcionalidade do cuidado paliativo deve ser adequada de acordo com as condições clínicas e os objetivos do paciente: “o cuidado paliativo ganha maior volume de intervenções quando a doença se torna mais avançada e debilitante, até o momento em que o cuidado paliativo se torna predominante, nesse momento a cura e a manutenção da vida a qualquer custo deixa de fazer sentido e garantir conforto passa a ser prioridade”, completa. “O cuidado paliativo vai além de atender o paciente quando assume que a família e os cuidadores fazem parte do objetivo do cuidado, e mesmo quanto o paciente encerra a luta contra a doença o cuidado continua com a preocupação com o luto dos familiares”, diz.
 


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