Demetrio KochA Bíblia foi escrita há cerca de 4 mil anos e contém 66 livros, sendo 39 no Velho Testamento e 27 no Novo Testamento, totalizando 1.189 capítulos e 31.105 versículos. Ela tem um diferencial único: mesmo depois da existência de várias gerações e diversos acontecimentos, se mantém atemporal e possui grande significado para quem procura a direção deixada pelo Próprio Deus.
No entanto, diante de novas ideologias e movimentos criados pelo homem e seus desejos, o Livro Sagrado vem sendo alvo de ódio, perseguição e desvalorização. Por conta disso, a União Nacional das Igrejas e Pastores Evangélicos (Unigrejas) iniciou, em 7 de dezembro de 2021, o projeto da Bíblia Manuscrita, com o objetivo de dar destaque à Palavra de Deus, que se renova dia após dia. “O projeto nasceu com a ideia de chamar a atenção para a Bíblia Sagrada, que é o livro mais lido e ao mesmo tempo o mais perseguido, principalmente por projetos de lei que querem proibir sua circulação.
Por isso, fizemos esse movimento para afirmar que a Bíblia não é um livro ultrapassado e retrógrado, é uma Palavra viva e atual”, diz o Bispo Eduardo Bravo, presidente da Unigrejas.
A cópia do Livro Sagrado reproduziu fielmente a versão de João Ferreira de Almeida. Na abertura do projeto, o Bispo Edir Macedo escreveu os dois primeiros versos do livro de Gênesis, seguido por sua esposa, Ester Bezerra, e do Pastor José Wellington Bezerra, presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB).
Os demais trechos da Bíblia foram escritos de modo colaborativo por mais de 31 mil pessoas em todo o País. “Cada Estado ficou responsável pela cópia de alguns livros bíblicos. Para que a Escritura Sagrada fosse copiada foram realizados quase 2 mil eventos em todo o Brasil”, esclarece o Bispo Bravo.
Encerramento
Depois de dez meses do começo da iniciativa, na tarde de 15 de outubro deste ano, ocorreu o encerramento do projeto, que contou com a participação especial dos obreiros Universal, que transcreveram as passagens do livro de Apocalipse. O Bispo Júlio Freitas e sua esposa, Viviane, responsáveis pelo trabalho dos obreiros no Brasil, registraram os dois primeiros versículos do livro profético.
“O livro do Apocalipse contém o antigo e o novo. Ele é o resumo desde Gênesis até a última epístola de João, pois reúne profecias, promessas e revelações aos servos. Por isso, é de grande relevância para os obreiros o privilégio de transcrever o livro do Apocalipse, até mesmo porque o Senhor Jesus deixa bem claro que as revelações contidas nele são para os servos”, destaca o Bispo Júlio.
Ele ressalta a importância desse momento para os servos de Deus: “é uma grande honra da minha parte, de minha esposa, Vivi, e de todos os obreiros da Igreja Universal. O livro do Apocalipse é muito significativo para todas as gerações, especialmente para esta que tem presenciado o cumprimento de profecias que nenhuma outra geração presenciou.”
O Bispo Júlio ainda enfatiza que a oportunidade deve ser considerada como um alerta para a realidade revelada pelo livro bíblico: “todos nós devemos viver em alerta, pois Jesus pode voltar a qualquer momento. E os obreiros, assim como nós, pastores, temos esse senso de vigilância para não dormirmos o sono da morte e não permitirmos que o mau cheiro deste mundo venha a nos contaminar com mentiras, ideologias, vaidades, egoísmo e corrupção”, completa.
Privilégio
Dentre os 400 obreiros que tiveram a chance de registrar esses trechos valiosos, estava Emilly Tavares da Silva Amaro, de 18 anos, (foto abaixo) que relata sua experiência. “É um momento único na vida de um cristão, pois vai além de uma atitude ou gesto físico. É algo espiritual, de avivamento e renovação”, diz ela, que faz o Curso Preparatório para Obreiros (CPO).
Já a autônoma Rosângela de Carvalho Gomes, (foto abaixo) de 49 anos, que também esteve no evento, afirma que, ao copiar o versículo de Apocalipse 4.8, teve uma resposta espiritual: “ele renovou o meu temor para com o nosso Senhor, pois, tanto de dia como de noite, eles louvavam ao Senhor, então, independentemente da situação, louvemos ao Senhor”, diz ela, que é obreira há 24 anos.
O momento também foi importante para o levita Alvomí Machado Leitão, de 51 anos, que é servo há 29 anos e participou do projeto com sua família. “Além do privilégio de poder testificar e participar transcrevendo versículos da Bíblia, eu, minha esposa, Vania, e minha filha, Lívia, nos sentimos muito honrados por tudo o que Jesus tem realizado em nossas vidas”, finaliza.
A conclusão da cópia também teve a participação do Bispo Eduardo Bravo e de sua esposa, Claudineia. Ela transcreveu Apocalipse 22.20 e ele finalizou com Apocalipse 22.21, seguido da palavra “Amém”, que encerrou a Bíblia Manuscrita.
Próximos passos
O Bispo Bravo revela o que acontecerá com a obra: “as folhas serão reunidas e transformadas em um grande livro e essa obra literária única ficará exposta na sede da Unigrejas, no Brás, em São Paulo.
Também estão previstas reuniões de louvores a Deus e a apresentação da finalização da obra”, conclui.
Para saber mais, siga @bibliamanuscrita no Instagram ou acesse o site bibliamanuscrita.org.
