CedidaMelissa Miranda, de 27 anos, cresceu frequentando uma igreja evangélica com a família, mas, na adolescência, se afastou desse caminho. “Resolvi conhecer o mundo. As amizades me influenciaram a errar, a fazer coisas que desagradavam aos meus pais, a mentir e a ter maus comportamentos”, diz ela, que é a assistente administrativo e estudante de Direito.
Palavrões, gírias, baladas funk, más companhias, bebidas, carona em veículos de estranhos e até bailes de rua começaram a fazer parte de sua rotina. “Nunca me prostituí, mas perdia as contas de com quantos rapazes eu ‘ficava’ no mesmo dia, sem contar a lista de cada ano. Minhas roupas eram a cada dia menores, porque eu precisava chamar a atenção para preencher o vazio que sentia ou me sentir bonita”, conta.
Seus pais receberam um convite para conhecer a Universal e chamaram Melissa para acompanhá-los, mas ela resistiu e só cedeu ao ser convidada pelos jovens da Força Jovem Universal (FJU).
Vencendo a batalha
O que poderia ser apenas uma visita ou um retorno simples aos ensinamentos da fé se transformou em uma verdadeira guerra.
“Comecei a passar mal e a manifestar com espíritos malignos na igreja. Por um mês minha mãe precisava bater os alimentos no liquidificador para mim porque, toda vez que eu tentava comer, sentia como se uma mão apertasse a minha garganta. Tive vários ataques porque meu coração ficava acelerado, fui parar no hospital e tomei remédios para quem sofre com problemas psiquiátricos. Eu também não conseguia dormir. Foi uma verdadeira guerra espiritual. Pensei que não iria vencer e que a qualquer momento morreria sem a minha Salvação”, detalha.
Em vez de desistir, Melissa persistiu. Com ajuda e orientação do pastor e de obreiros voluntários, com o passar do tempo, ela venceu suas dúvidas e medos, se libertou, deixou o passado para trás, se batizou nas águas e começou a se dedicar a conhecer a Deus de verdade. Ela se recorda que essa busca também não foi fácil: “lutei e perseverei até ter meu encontro com Deus e receber o Espírito Santo.
O que eu mais desejava passou a morar dentro de mim”.
Melissa diz que sua mudança foi notória: “não só na minha aparência, porque a beleza interior se reflete no exterior. Sou calma, maleável e controlo minhas emoções. Tudo mudou”. Hoje, ela se dedica a servir a Deus como obreira voluntária e auxilia outros jovens a reescreverem sua história, como fez há dez anos.
