17/10/2022 às 17h57min - Atualizada em 17/10/2022 às 17h57min

Bolsonaro recebe apoio de cantores sertanejos e diz ter 'certeza' da virada nas eleições

Encontro com artistas ocorreu na residência oficial da Presidência em Brasília. Chitãozinho, da dupla com Xororó, disse que candidato do PL é o presidente 'mais sertanejo' do país

AB Notícias News
G1
Guilherme Mazui
O presidente Jair Bolsonaro, candidato do PL à reeleição, recebeu nesta segunda-feira (17) o apoio de cantores sertanejos durante encontro no Palácio da Alvorada – residência oficial da Presidência, em Brasília.
Participaram do encontro, entre outros, os cantores 
Gusttavo Lima, Leonardo, Zezé Di Camargo (da dupla com Luciano), Chitãozinho (da dupla com Xororó), Fernando (da dupla com Sorocaba) e Sula Miranda.
O segundo turno está marcado para o próximo dia 30, e 
diversos artistas têm manifestado apoio a Bolsonaro ou ao ex-presidente Lula (PT) durante o período de campanha.

Após o encontro, Bolsonaro fez uma declaração à imprensa. Ele disse que o apoio dos cantores sertanejos dá a ele "a certeza" de que haverá uma virada nas eleições e ele derrotará Lula. No primeiro turno, o petista teve seis milhões de votos a mais que o adversário.
"A opção nossa é pelo não retorno ao passado. Queremos liberdade, democracia, defesa da família, defesa da criança na sala de aula. Queremos e lutamos por um país melhor para todos nós. Quem comanda o Brasil comanda para os 220 milhões, sem divisão", disse o candidato do PL. "A presença dos senhores e senhoras [artistas sertanejos] nos orgulha e nos dá a certeza da virada", completou.
Chitãozinho, da dupla com Xororó, disse a Bolsonaro que o "mundo sertanejo" está com o candidato do PL. "O presidente Jair Bolsonaro foi, em todos os tempos, o presidente mais sertanejo que já tivemos no Brasil", declarou o músico.
Bolsonaro agradeceu ao apoio e também defendeu o agronegócio. "Cada vez mais, [queremos] mostrar que temos dois lados bastante distintos. Um, em especial por mim também, a questão do livre mercado, não regulamentação, o agronegócio, mais que orgulho nacional, garante a nossa segurança alimentar", declarou Bolsonaro à imprensa.
Zezé Di Camargo afirmou que o país está dividido e pregou união dos brasileiros. "Nós somos um povo, somos um pouco heterogêneos. Nossa proposta, nosso apoio, é fazer com que o Brasil se una cada vez mais. Porque, no final das contas, quem paga é o povo. Nós, que viemos de baixo e somos privilegiados, hoje temos certeza que o melhor pro Brasil é essa formação que está aqui", disse o cantor goiano.
O cantor Leonardo afirmou que "isentões", pessoas que não escolhem lado e não votam, são "covardes".
"Em nome da música sertaneja, estou pedindo a meus seguidores que dia 30 é Jair Messias Bolsonaro na cabeça. Vocês têm que enxergar tudo. O pior cego é que não quer ver. Vocês isentões, covardes. Sai de casa, leva seu vizinho, seu amigo. Porque foram 30 milhões de votos de abstenção. É trouxa deixar os outros escolher seu presidente. Já escolhi o meu no primeiro turno e já tá escolhido de novo", afirmou Leonardo.
Na mesma linha, George Henrique, da dupla com Rodrigo, convocou apoiadores de Bolsonaro a irem às urnas. "As pessoas que não votarem vão passar na história como gado. O gado é tocado, não decide para onde vai. Não sejam tocados, abracem a causa. Seu voto faz, sim, a diferença", declarou.
Os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil) e 
Fábio Faria (Comunicações) participaram do encontro com os artistas. Ronaldo Caiado (União Brasil), governador reeleito de Goiás e apoiador de Bolsonaro, também compareceu.

Filho de Leonardo

Depois do encontro de Bolsonaro com os sertanejos, o ator e cantor João Guilherme, filho do cantor Leonardo , criticou o apoio do pai ao presidente. João Guilherme disse que a posição política de Leonardo é fruto de "falta de educação e de sensibilidade".
"Hoje tô triste. Sei bem e a influência do meu pai, ele é gigante, querido por tantos… Mas joga no time errado e está cego. Diante de todos os últimos escândalos envolvendo o atual mandatário ver alguém tão importante pra mim declarar apoio dessa forma me enoja", escreveu João Guilherme no Twitter.
"É tanta ignorância que nem sei. É como se eu não tivesse minhas duas irmãs mais velhas que já tiveram 14, 15 anos… Ou minhas sobrinhas. Como se todas as mortes ligadas ao pouco caso do governo perante a ciência e a vacinação fossem um só um delírio. Peço desculpas pela falta de educação e de sensibilidade do meu pai. Eu amo ele, por isso peço perdão", continuou João Guilherme.

Apoio de artistas aos candidatos

Além de Gusttavo Lima, Leonardo e Zezé di Camargo, também apoiam Bolsonaro, por exemplo, os cantores Marrone (da dupla com Bruno) e Eduardo Costa.
Lula, por sua vez, tem o apoio de 
Anitta, Pablo Vittar, Zélia DuncanChico Buarque e Gilberto Gil, entre outros.
Bolsonaro ouviu palavras de apoio dos artistas e, em seguida, listou ações adotadas por seu governo para reduzir os preços dos combustíveis e enfrentar os efeitos na economia da pandemia e a guerra na Ucrânia.
O presidente repetiu críticas a países governados por políticos de esquerda, como Argentina e Venezuela, e pediu para que façam comparações entre ele e o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Governador de Tocantins

Após a reunião com sertanejos, Bolsonaro se reuniu com o governador reeleito do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos). O político anunciou apoio a Bolsonaro no segundo turno.
"Tocantins é um estado que tem vocação para o agronegócio e para o turismo. Com a nossa reeleição, Tocantins terá uma linha direta com o governo federal. Muitas outras pautas nos unem, a nossa formação religiosa, o nosso respeito à família, o nosso compromisso de um Brasil maior pelo livre mercado, pelo respeito a todos, pela nossa liberdade", disse Bolsonaro.
"Nós viemos [...] para hipotecar os apoios do tocantinense. Nós compreendemos a importância do agro, as políticas promovidas pelo senhor deram certo para alavancar a nossa economia", disse Barbosa.

Segundo turno

No primeiro turno, Bolsonaro recebeu 51 milhões de votos (43,2%) e ficou atrás de Lula, que obteve 57 milhões de votos (48,4%).
Pesquisa Datafolha 
divulgada na semana passada mostrou Bolsonaro com 44% das intenções de voto, e Lula, com 49%.
Neste domingo (16), Bolsonaro e Lula participaram do 
primeiro debate de TV no segundo turno. Os dois adversários trocaram acusações sobre corrupção e fake news e abordaram temas como pandemia e orçamento secreto, entre outros.


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