Não há dúvidas que uma das grandes tendências da área da tecnologia está relacionada com a saúde. O avanço das healthtechs ficou ainda mais evidente durante a pandemia do COVID-19.
Entretanto, a verdade é que há muito tempo o mundo tem acompanhado o crescimento dessas startups focadas em desenvolver soluções para o setor.
Apenas para se ter uma ideia, o número de healthtechs brasileiras cresceu 16% de 2019 a 2022, segundo uma pesquisa da Liga Ventures e PWC Brasil. E a tendência é esse fenômeno continuar, com alguns avanços obviamente.
Se antes o foco era auxiliar operadoras, hospitais, laboratórios farmacêuticos e centros de medicina diagnóstica, agora o objetivo é olhar com mais atenção para a saúde como um todo: física, mental, dental, financeira, entre outros.
Afinal, para diminuir o risco de enfermidades futuras, é preciso ter um olhar mais amplo, identificando pontos para mudanças de hábitos, com atitudes que levem a uma vida mais saudável e de qualidade.
E, hoje as healthtechs são, sem dúvidas, aliadas importantes nessa tarefa de prevenir doenças e na promoção do bem-estar das pessoas.
Mas como utilizá-las de forma mais efetiva?
A mudança para uma abordagem digital vem de diferentes formas e não existe um único caminho ou resposta. Mas, à medida que a necessidade de um olhar mais holístico para a saúde cresce, aumenta também a percepção de que a prevenção é a via mais assertiva.
Essa é a principal lição apresentada pelas healthtechs: saúde na palma das mãos, tornando o paciente protagonista do seu próprio bem-estar, uma vez que ele pode acompanhar por meio de um clique o resultado de suas escolhas, e agente ativo no cuidado da própria saúde, identificando e mudando o que pode estar influenciando negativamente o caminho para uma vida mais saudável.
Tais empresas mostraram a importância de uma análise de dados mais personalizada, com foco nas questões individuais, para poderem ser, de fato, úteis para o usuário.
De todo modo, a implementação bem-sucedida dessas tecnologias e estratégias depende de uma visão ainda mais global, que vai muito além da relação médico/ paciente.
É preciso popularizar o acesso a elas, atingindo o maior número possível de pessoas. Só assim se conseguirá reduzir os custos de saúde e ao mesmo tempo melhorar a qualidade de vida dos usuários.
A tecnologia está presente em tudo, e nada melhor do que aplicá-la no incentivo de uma vida mais saudável. Essa, no entanto, é uma lição que ainda está sendo aprendida.
Artigo assinado por Lúcio Júnior, CEO da HSPW, uma plataforma de saúde integral e de mudança de hábitos que garante redução de custos nos seguros de saúde corporativos.