26/09/2022 às 15h07min - Atualizada em 26/09/2022 às 16h02min

Adrielly Lima, influencer que mora em Londres, fala sobre hate sofrido por fazer cirurgias plásticas

Busca por procedimentos estéticos e cirurgias têm crescido, mas ainda há preconceito, especialistas comentam

SALA DA NOTÍCIA Márcia Stival Assessoria
Márcia Stival Assessoria
Divulgação
As pessoas têm buscado cada vez mais procedimentos estéticos capazes de melhorar não somente o bem-estar, como também qualidade de vida. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), somente no primeiro trimestre de 2022, houve um aumento de 390% na procura por procedimentos estéticos, em relação ao mesmo período do ano anterior.

Segundo o Dr. Jonathan Goulart, especialista em remodelação glútea, a cobrança em cima de influencers e a falta de tempo para seguir uma rotina mais saudável de treinos e alimentação gera uma procura maior desse público, “A cirurgia ou o procedimento estético entrega um resultado mais rápido, mais imediato, e aqui no Brasil somos referência, o que facilita ainda mais a procura desses procedimentos.”, explica ele.


“Na minha clínica nenhum paciente fecha nenhum tratamento hormonal ou estético sem antes passar numa consulta de avaliação no qual eu vou entender o que que ele busca com o procedimento, quais são as expectativas daquela pessoa, né? E também se não tem nenhuma contraindicação daquele procedimento. Com isso, conseguimos evitar complicações e frustrações futuras. Se o tratamento não for beneficiar o paciente, ou até mesmo prejudicar, nós não fazemos, explicamos detalhadamente o motivo ou porque pode não dar certo e se mesmo assim o paciente não entender, indicamos ele procurar outro profissional”, afirma o especialista.

Jonathas Groscove, publicitário e CEO da agência Groscove – conhecida por assessorar artistas e empresas com posicionamento nas redes sociais, conexões, além de destaque no mercado -, afirma que quase 97% do casting da agência ao começar a ganhar alguma visibilidade ou rentabilizar, busca investir na estética. “Isso é uma das primeiras áreas que os artistas buscam e que pedem para nossa profissional de Relações Públicas para fechar alguma parceria ou algum desconto por conta de relacionamento”, declara Jonathas.

“As mais comuns são implante capilar para homem, implante de bumbum para mulher, silicone e harmonização facial, além de procedimentos um pouco mais simples, como preenchimentos e tirar as olheiras. Então acaba sendo quase que ‘um protocolo de etiqueta’. Mas também tem o traço comportamental de cada um.”, explica Alexia Simensato, Drop Servicer operacional e CMO da Groscove.

Para orientar o artista sobre cirurgias plásticas e procedimentos estéticos, a agência possui um terapeuta comportamental que realiza terapia e avalia cada um. “Há diferentes traços de caráter e o Danilo Garbelini, nosso analista comportamental, avalia isso. O traço de caráter rígido acaba sendo maior nos artistas e isso gera a necessidade de sempre estar na melhor forma, fazer escolhas para melhorar, ter uma aparência visual melhor e poder se sentir bem.”, afirma o CEO.

Apesar da mudança das pessoas em relação a beleza e ao bem-estar, com o aumento da aceitação aos procedimentos estéticos, ainda há um grande preconceito com quem realiza cirurgias plásticas.

Adrielly Lima, influencer de 22 anos que mora em Londres, conta que sofre há muito tempo com o hate por fazer cirurgia plástica. “Eu era muito pequena e magrinha, pesava 40KG, todo mundo tinha corpo e eu não. Era bem 'zoada' na escola e isso me incomodava, quando completei 18 anos fiz minha primeira cirurgia, coloquei 300 ML no bumbum, depois coloquei silicone e fiz lipo, por último mexi no nariz.”, conta ela.

“Já recebi muito hate por ter a bunda grande, no Brasil as pessoas são muito preconceituosas, eu não recebo comentários assim de britânicos ou americanos, até porque na América muitas mulheres são assim. Já pensei em tirar minhas próteses várias vezes, as pessoas julgam e isso mexe muito com o psicológico.”, expõe ela.

Hoje, a influencer sabe lidar melhor com o hate. “Agora eu não tenho mais vontade de tirar, foi algo que eu fiz pela minha autoestima e hoje eu vejo que é o meu diferencial, é o que chama atenção, uma característica minha, ser pequena e ter um corpo assim, eu me sinto bem assim e não posso fazer nada se as pessoas não gostam!”, finalizou Adrielly.


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