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ReproduçãoQuem nunca deu uma meia volta para verificar se a porta estava trancada ou tinha tirado o ferro de passar da tomada?
Praticamente todo mundo já fez isso.
No entanto, no TOC, esse tipo de comportamento é frequente e acaba afetando a vida da pessoa no dia a dia.
Só para você ter uma ideia, o Transtorno Obsessivo Compulsivo figura entre os quatro transtornos mais comuns, após a depressão, o abuso de drogas e a ansiedade social.
Mas será que o TOC tem cura?
Continue a leitura e descubra!
Sim, para a maioria das pessoas, o TOC pode ser curado. Isso é possível com a combinação de uma terapia eficaz e tratamento medicamentoso. A psicoterapia permite uma cura mais estável a longo prazo e menos efeitos secundários.
Na verdade, o tratamento psicoterápico é recomendado principalmente se o TOC é grave e incapacitante.
A primeira etapa do tratamento consiste em aprender técnicas de relaxamento para reduzir aos poucos a ansiedade e aliviar seu corpo e mente de todos esses sintomas.
Em seguida, com o auxílio de um terapeuta capacitado, o paciente vai entendendo seus medos e obsessões, sempre no seu ritmo.
Com o tempo, o paciente percebe que os pensamentos e emoções negativas diminuem gradualmente, o tempo que o cérebro começa a entender que as obsessões são apenas pensamentos e que as compulsões são totalmente irracionais.
Dessa forma, a pessoa pode retomar sua vida!
O TOC ou transtorno obsessivo compulsivo é marcado por pensamentos irracionais e recorrentes (as obsessões).
Com o objetivo de minimizar ou reagir a esses pensamentos intrusivos e reduzir a ansiedade gerada pelas obsessões, as pessoas que sofrem de TOC adotam comportamentos repetitivos ou mesmo rituais, que são as compulsões.
Além de causar muita ansiedade, esse transtorno gera muita vergonha, culpa ou depressão.
Por consequência, pode criar dificuldades nas relações com outras pessoas e pode afetar a vida profissional.
A questão é que muitas das pessoas que têm TOC não buscam ajuda, seja porque têm medo de falar ou até pensam que podem se curar sozinhas.
Entre as obsessões mais frequentes em pessoas que sofrem de TOC, podemos citar:
O medo de contaminação, como vírus e germes;
Dúvidas frequentes. Será que eu fechei a porta? Desliguei a tomada?
Uma preocupação excessiva com a ordem ou a simetria.
As compulsões se assemelham a rituais, que são atos que a pessoa repete várias e várias vezes com o intuito de prevenir ou reduzir um risco/perigo.
Essas mesmas compulsões podem ser físicas, por exemplo, verificar repetidamente se a porta está bem fechada, ou mental, repetir uma frase ou uma pequena oração.
Além disso, evitar determinados comportamentos é uma das características de quem sofre de TOC.
Por exemplo, se eu tenho medo de ser contaminado, vou fazer de tudo para não usar banheiros públicos ou mesmo cumprimentar as pessoas.
Isso dá a ilusão que estão no controle e segurança, entretanto, é só uma ilusão.
Se você está passando por isso ou conhece alguém, o ideal é procurar ajuda de um profissional especializado em TOC, seja marcando uma consulta com psicólogo online ou buscando um grupo de apoio.
Ainda não existe uma causa muito precisa, mas, assim como outros transtornos, trata-se de uma combinação de diversos fatores de ordem biológica, psicológica e social.
Geralmente, o TOC aparece lentamente, e pode haver um gatilho, como uma mudança de vida ou um traumatismo.
Os cientistas dão uma explicação neurobiológica do transtorno obsessivo compulsivo:
Esse problema tem sua origem no cérebro, mais especificamente ao nível da amígdala, que é o centro do medo.
As imagens mostram diferenças nítidas entre os cérebros de pessoas que sofrem de TOC e aquelas que não apresentam o transtorno.
O que é mais interessante é que após uma psicoterapia, a configuração do cérebro muda, e o TOC se cura!
Você acabou de ver que o TOC tem cura, desde que o tratamento seja bem direcionado e feito por um profissional habilitado.
É claro que é um todo um processo, mas uma das chaves para permanecer motivado é manter uma boa relação com o terapeuta, e contar com o suporte da família e amigos!
