Veja o que fazer para ter um retorno médico tranquilo
Fazer um tratamento de saúde eficaz demanda algumas etapas no consultório médico, já que, em alguns casos, não é possível fechar o diagnóstico na primeira consulta, e o paciente precisa retornar ao consultório para levar os exames ou ajustar a medicação.
O retorno pode acabar sendo confundido com a consulta médica. Mas existem diferenças entre eles. E esse é um dos procedimentos médicos que geram muitas dúvidas. Por isso, se você quer entender mais sobre como funciona o retorno ao médico, continue a leitura.
O retorno é conferido ao paciente que não teve o diagnóstico fechado na consulta médica e ainda precisa fechar a investigação. Muitas vezes, para ter confirmação, o médico precisa pedir exames que levam alguns dias para ficar pronto. Dessa forma, ao voltar ao consultório com os exames, o paciente está fazendo um retorno.
Lembrando que nem todos os pacientes terão retorno ao médico. Esse direito é regulamentado na Resolução n.º 1.958/2010 do Conselho Federal de Medicina (CFM), que determina que o paciente tem direito de retornar apenas uma vez ao médico.
Nos atendimentos de emergência também pode ocorrer retorno para fechar o diagnóstico depois da realização dos exames solicitados. Mas o processo precisa acontecer no mesmo modelo que a consulta no consultório.
Para que o diagnóstico seja feito corretamente e a relação entre médico e paciente tenha confiança e respeito, é preciso a colaboração de ambos os lados. E o mesmo acontece na consulta de retorno. O paciente precisa seguir as recomendações médicas para dar continuidade ao fechamento do diagnóstico, bem como:
agendar e realizar todos os exames;
acompanhar os resultados;
seguir as orientações do médico em casa e usar os medicamentos receitados;
voltar dentro do prazo estabelecido pelo médico para levar os exames e outras informações importantes;
fazer o agendamento do retorno ao consultório com antecedência e comunicar qualquer imprevisto;
levar todas as dúvidas e episódios importantes para o médico.
A consulta é o primeiro contato do médico com o paciente, sem nenhuma hipótese de diagnóstico. Nesse primeiro momento, o médico vai conversar com o paciente, que traz as suas queixas e passa pela avaliação. De acordo com o CFM, a consulta possui cinco etapas:
anamnese;
exame físico;
hipóteses ou diagnóstico;
pedido de exames;
prescrição do tratamento.
Nos casos em que o médico solicitar exames para o diagnóstico e a prescrição do tratamento, será preciso agendar o retorno, que é uma extensão da consulta médica. Dessa forma, o paciente terá o direito de ter apenas um retorno ao médico.
Para termos de organização da agenda médica e fechamento rápido do diagnóstico, o prazo estabelecido é de 30 dias. Contudo, esse período pode ser diminuído ou estendido, de acordo com o tempo para realizar os exames.
E como podem acontecer imprevistos e outras situações que podem influenciar o tempo de realização dos exames que devem ser apresentados no retorno, a Resolução da Resolução n.º 1.958/2010 do CFM mostra que os profissionais e as instituições de saúde não podem determinar um prazo fechado para o retorno médico. Por isso, a comunicação transparente é importante dos dois lados.
O retorno da consulta não pode ser cobrado, pois ele é um direito do paciente e uma extensão da consulta médica inicial. No entanto, o paciente pode perder esse direito se deixar ou demorar demais para fazer os exames e não apresentar nenhuma justificativa.
Essa atitude caracteriza negligência e permite que a instituição médica ou o profissional cobrem por uma nova consulta. Por isso, seguir todos os procedimentos e apresentar justificativas quando um imprevisto acontecer ajuda a evitar esse tipo de circunstância.