Músico, escritor, formado em investigação forense e perícia criminal
Constantemente em busca de inclusão e diversidade, vários empreendedores estão apostando no ramo da moda plus size para impulsionar os seus negócios
Se você é uma pessoa que gosta de acompanhar as últimas tendências do momento, deve ter notado que, a cada dia, os debates sobre a aceitação de todos os tipos de corpos estão mais em alta. Afinal, o público cansou de sofrer por um padrão estético imposto pela mídia e, de uns tempos para cá, vem valorizando a beleza natural.
Obviamente, o mercado de moda percebeu essa movimentação. Diante do grande alcance promovido pelas redes sociais, o tema acabou atingindo o universo fashion, levando muitas marcas a repensarem os seus posicionamentos e começarem a desenvolver roupas mais democráticas. Ou seja, que possam ser usadas por todas as pessoas.
Mas, afinal, como está esse ramo no momento? Será que o segmento plus size ainda está gerando um lucro considerável para o setor? É sobre isso que falamos neste conteúdo. Para se atualizar, continue acompanhando esta leitura especial.
Não é de hoje que o movimento em prol da moda plus size está presente na sociedade. Porém, é importante destacar que essa causa ganhou mais força ao longo da pandemia, mostrando que ainda pretende crescer nos próximos anos.
Para se ter uma ideia, de acordo com a Associação Brasil Plus Size (ABPS), o setor conseguiu movimentar mais de R$ 9 bilhões somente em 2021. A expectativa é que, até em 2027, esse faturamento bata na casa dos R$ 15 bilhões. Isso tudo porque as pessoas estão mudando as suas percepções a respeito dos padrões impostos pela sociedade, que se baseia na valorização de corpos magros e, em maioria, brancos.
Nos últimos anos, os consumidores começaram a rever os seus comportamentos de consumo, tornando-se mais empoderados e, consequentemente, exigindo que as marcas apresentassem uma diversidade maior, abordando os mais variados perfis de clientes.
Engana-se quem imagina que a onda plus size está presente somente em terras brasileiras. Nada disso! No exterior, nomes importantes do segmento, como as grifes de luxo Versace e Dolce & Gabbana, também já estão investindo na produção de peças em tamanhos maiores — indo na contramão da grade tradicional.
Já ao olharmos para empresas importantes do mercado, também é válido falarmos um pouco sobre as grandes varejistas, que possuem um papel importante nessa mudança.
Para suprir a necessidade dos consumidores, várias companhias conhecidas estão apostando não somente na confecção de peças em tamanhos maiores, mas, especialmente, na criação de marcas próprias que sejam destinadas exclusivamente ao público plus size.
Nessa categoria, podemos citar a C&A e a Riachuelo, que constantemente lançam coleções completas e superatualizadas, prontas para atender aos mais variados estilos. Bem interessante!
Se de um lado os grandes nomes do varejo estão abraçando a onda da moda plus size, do outro não vem sendo diferente. Atualmente, os pequenos empreendedores também estão decididos a fazer com que os seus próprios negócios ganhem destaque nesse nicho, investindo massivamente no desenvolvimento de coleções que apresentem um bom caimento em diferentes tipos de corpos.
Inclusive, outra questão desse segmento que deve começar a se modificar diz respeito aos preços praticados no setor. No momento, não são raras as situações em que o consumidor entra em uma loja de moda plus size e se depara com peças que possuem preços até três vezes maior do que os tamanhos convencionais.
Entretanto, a ideia é continuar, sim, trabalhando com matérias-primas de qualidade, mas que também sejam acessíveis a esse público — tornando o consumo cada vez mais democrático e acessível. Bem interessante!
